Sou filha de pais emigrantes, parte da minha família é emigrante e eu, para não estragar as estatísticas, também pertenço a este mundo da emigração.
Naturalidade suíça, nacionalidade portuguesa, com atual residência na Bélgica considero-me capaz de testemunhar as recompensas e as carências de um emigrante, ou pelo menos as minhas.
Há vários tipos de emigrantes: há os que emigram por necessidade; os que emigram porque simplesmente querem viver essa experiência; os que emigram porque têm mais facilidade em encontrar trabalho na área que são competentes fora de Portugal; ou pura e simplesmente porque surgiu essa oportunidade e não há razão para não aproveitá-la. Esta última foi o meu caso. Estava a terminar o mestrado, na cidade de Mons, na Bélgica, quando o chefe do laboratório me propôs que eu ficasse a fazer o doutoramento.
Seja qual for o motivo pelo qual se decide emigrar, considero-o como um ato de coragem, porque de facto, não é fácil tomar a decisão de deixar o seu lar, a sua zona de conforto, os amigos de uma vida, a família que tanto nos ama e que nós tanto amámos e ir para um país onde pouco ou nada conhecemos; onde não há aquela pessoa querida à nossa espera no aeroporto para nos dar um abraço e nos conduzir até à nossa terra quando regressamos de uma viagem; onde a língua, as pessoas, as casas, a comida, o sistema governamental, entre tantas outras que ficam por citar são diferentes.
Seja qual for o motivo pelo qual se decide emigrar, considero-o como um ato de coragem, porque de facto, não é fácil tomar a decisão de deixar o seu lar, a sua zona de conforto, os amigos de uma vida, a família que tanto nos ama e que nós tanto amámos e ir para um país onde pouco ou nada conhecemos; onde não há aquela pessoa querida à nossa espera no aeroporto para nos dar um abraço e nos conduzir até à nossa terra quando regressamos de uma viagem; onde a língua, as pessoas, as casas, a comida, o sistema governamental, entre tantas outras que ficam por citar são diferentes.
Sem dúvida alguma que o que sinto mais falta é da família. Sempre fui muito ligada e dou MUITO valor à família. Um almoço, jantar ou simples café com um membro familiar têm sempre um sabor especial. Há fraternidade, amor, boas histórias e momentos para recordar, descontração, conforto, segurança, há uma infinidade de sentimentos bons que só os conseguimos sentir quando estamos neste ambiente. Depois há os amigos, aqueles que têm um lugar especial no nosso coração independentemente da distância que nos separa. Também há aqueles detalhes, como por exemplo, um bom café, um bom peixe, as praias e até a luz solar que brilha sempre com mais intensidade no país que nos viu crescer.
Mas também há inúmeras recompensas em ser-se emigrante. Para mim tem sido uma experiência muito enriquecedora. Aprendi uma nova língua: o francês e melhorei muito o meu inglês. Tornei-me uma pessoa muito mais desenrascada e autónoma. Aqui descobri o verdadeiro significado da palavra tolerância. Uma palavra que parece tão fácil e uma capacidade que muitos julgamos ter até ao dia de sermos postos à prova. Ser emigrante é ser tolerante. Mas atenção, não me refiro aqui a uma tolerância destrutiva, onde todos nos passam por cima. Não, isso NUNCA. Refiro-me a uma tolerância que nos permite aceitar comportamentos, opiniões e culturas diferentes - a chamada tolerância social. Esta tolerância que nos torna melhores, que nos enriquece enquanto seres humanos e que nos permite sentir parte de uma comunidade. Também aqui descobri uma nova família: um grupo de amigos de várias nacionalidades, onde todos se respeitam e se gostam. Por último, mas sem dúvida o mais importante, cheguei à Bélgica com dois apelidos - Afonso Fernandes e permaneço na Bélgica mas, agora, com três apelidos - Afonso Fernandes de Sousa. Não poderia estar mais feliz e completa. Este motivo é por si só suficiente para eu estar grata a este país que tão bem me tem acolhido.
Não podia ter começado melhor! PARABÉNS!! :)
ResponderEliminarObrigada princesa :)
EliminarBela apresentação! Gostei muito prima :)
ResponderEliminarDaniela
Obrigada prima! Beijinho
EliminarUma vida nada fácil, um país que dispensou tantos jovens... Bem haja :)
ResponderEliminarTemos de aproveitar as oportunidades onde elas aparecem ;) Um beijinho
EliminarUm testemunho sem dúvida sentido. Parabéns pela iniciativa, Sofia! Bjocas.
ResponderEliminarObrigada FF! Beijinho
EliminarSofia, adorei a apresentação! Estou ansiosa por novas publicações. Beijinhos
ResponderEliminarObrigada querida Sara :) Vou dar sempre o meu melhor. Beijinhos
EliminarAmei maninha ��
ResponderEliminarObrigada maninha :)
EliminarSofia adorei o testemunho!! Uma escrita completamente cativante! Ansiosa por mais novidades :)
ResponderEliminarBjinhos e continuação e uma excelente jornada para ti e para a tua família que brevemente irá expandir ;)
Obrigada querida Sandrine! Continuarei a escrever e a dar sempre o meu melhor ;)
EliminarAh e bem vinda a este Cantinho :) Beijinhos
Olá querida,é engraçado teres tantos familiares emigrantes,desejo-te muito boa sorte com este teu cantinho,iria-te ficar imensamente agradecida que passasses pelo meu blogue e que comentasses também!! http://felicidadesdaraparigafeliz.blogs.sapo.pt
ResponderEliminarEu creio que posso entender quando dizer 'tolerência', neste caso. Até em uma viagem de 20 dias, já podemos perceber, menos, mas se pode.
ResponderEliminarQue seus dias sejam felizes nesta terra!