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01 setembro, 2016

Isto de ser emigrante

Sou filha de pais emigrantes, parte da minha família é emigrante e eu, para não estragar as estatísticas, também pertenço a este mundo da emigração.

Naturalidade suíça, nacionalidade portuguesa, com atual residência na Bélgica considero-me capaz de testemunhar as recompensas e as carências de um emigrante, ou pelo menos as minhas. 

Há vários tipos de emigrantes: há os que emigram por necessidade; os que emigram porque simplesmente querem viver essa experiência; os que emigram porque têm mais facilidade em encontrar trabalho na área que são competentes fora de Portugal; ou pura e simplesmente porque surgiu essa oportunidade e não há razão para não aproveitá-la. Esta última foi o meu caso. Estava a terminar o mestrado, na cidade de Mons, na Bélgica, quando o chefe do laboratório me propôs que eu ficasse a fazer o doutoramento. 


Seja qual for o motivo pelo qual se decide emigrar, considero-o como um ato de coragem, porque de facto, não é fácil tomar a decisão de deixar o seu lar, a sua zona de conforto, os amigos de uma vida, a família que tanto nos ama e que nós tanto amámos e ir para um país onde pouco ou nada conhecemos; onde não há aquela pessoa querida à nossa espera no aeroporto para nos dar um abraço e nos conduzir até à nossa terra quando regressamos de uma viagem; onde a língua, as pessoas, as casas, a comida, o sistema governamental, entre tantas outras que ficam por citar são diferentes.