E assim de repente já estamos na última quarta-feira do mês de Julho e eu estou quase quase a ir de férias 🙌
Como já é habitual, na última quarta-feira do mês, participo com imenso prazer no desafio palavras quase perfeitas, lançado pela Cris Loureiro, autora do blog a vida não tem de ser perfeita. A palavra deste mês é solidão.
Imagem retirada daqui. |
Confesso que esta foi, até agora, a palavra mais desafiante, no sentido em que me custou organizar as minhas ideias e passar para a escrita aquilo que eu entendo por solidão.
Para ajudar a minha linha de pensamento vou citar três frases que vão de encontro àquilo que eu penso desta palavra:
"Enquanto não atravessarmos a dor da nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um." (Fernando Pessoa)
A minha definição de solidão começa exatamente por aqui: a solidão é necessária para nos conhecermos, para nos ouvirmos, para nos auto criticarmos, para nos superarmos e, acima de tudo, para nos aceitarmos e estar em paz no nosso próprio silêncio.
"A minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite." (Clarice Lispector)
Longe vão os tempos em que associo solidão a tristeza. Solidão não significa não estar rodeado de família e de amigos. Solidão é o nosso estado mais puro, onde só a nossa voz reina, onde só o nosso pensamento nos invade. Solidão faz parte da vida e é a melhor ferramenta para o nosso auto conhecimento.
"Solidão: um lugar bom de visitar uma vez ou outra, mas ruim de adotar como morada." (Josh Billings)
Esta frase do sábio Josh Billings é simplesmente perfeita. Tal como disse anteriormente, devemos encarar a solidão como algo positivo, como uma aprendizagem. Contudo, devemos ter consciência de que a solidão faz parte da nossa vida, mas não é a nossa vida e não a devemos considerar a nossa morada, o nosso mundo! Como tudo na vida, solidão sim, mas com moderação.