A Cris, autora do blog a vida não tem de ser perfeita lançou o desafio palavras quase perfeitas à blogosfera e eu rendi-me completamente há já oito meses. A palavra deste mês é despertar.
Este despertar pode ter uma interpretação muito vasta e eu vou-me concentrar no despertar relacionado com a vida profissional. Tenho pensado muito na minha vida profissional, o que gostaria de fazer, o que me faria realmente feliz e encarar uma segunda-feira da mesma forma que encaro uma sexta-feira.
Como já referi algumas vezes estou a terminar o doutoramento e também já comecei há alguns meses a procurar trabalho. Tenho plena consciência que a maioria das vezes somos levados pela corrente, pela pressão social e econónica e não dedicamos realmente tempo a pensar na nossa vida profissional. Não pensamos o que realmente nos faria felizes; ou se pensamos, raramente lutamos pelo nosso sonho, porque o que precisamos é de trabalhar, ganhar experiência e dinheiro. Eu costumo dizer que o maior ensinamento que o doutoramento me deu não foi a nível científico, mas sim a nível pessoal. Permitiu-me conhecer-me profundamente, identificar todos os meus medos, os meus defeitos, bem como as minhas qualidades e as vitórias que quero alcançar. O doutoramento foi um longo e duro percurso. Arrisco-me a dizer que teve momentos penosos, de uma ânsia e angústia intermináveis. É um trabalho muito solitário, ou pelo menos o meu foi e isso fez com que o percurso fosse ainda mais doloroso. Mas o doutoramento foi importante a vários níveis e uma das certezas que me deu foi a de não querer fazer carreira académica, ou seja, não quero fazer pos-doutoramento, nem pretendo ser professora universitária, pelo menos não aqui na Bélgica. Estar consciente dessa certeza já é um avanço, contudo ainda me sentia perdida quanto ao que realmente gostaria de fazer. Pensei, repensei e pesquisei, até que surgiu uma luz, um tal despertar para uma possível vida profissional com a qual me identifique. Para isso tive de concorrer a uma formação de duração de 6 meses (3 meses teoria + 3 meses estágio) e o meu interesse por esta formação era de tal forma visível que fui uma das candidatas aceites :) Esta formação vai-me direcionar na área de investigação clínica que é realmente uma das vertentes que mais me apaixona. O facto de ter estágio é sem dúvida uma vantagem e uma enorme motivação e vai-me permitir adequirir alguma experiência e ter um primeiro contacto com o mundo do trabalho fora da universidade.
Como já referi algumas vezes estou a terminar o doutoramento e também já comecei há alguns meses a procurar trabalho. Tenho plena consciência que a maioria das vezes somos levados pela corrente, pela pressão social e econónica e não dedicamos realmente tempo a pensar na nossa vida profissional. Não pensamos o que realmente nos faria felizes; ou se pensamos, raramente lutamos pelo nosso sonho, porque o que precisamos é de trabalhar, ganhar experiência e dinheiro. Eu costumo dizer que o maior ensinamento que o doutoramento me deu não foi a nível científico, mas sim a nível pessoal. Permitiu-me conhecer-me profundamente, identificar todos os meus medos, os meus defeitos, bem como as minhas qualidades e as vitórias que quero alcançar. O doutoramento foi um longo e duro percurso. Arrisco-me a dizer que teve momentos penosos, de uma ânsia e angústia intermináveis. É um trabalho muito solitário, ou pelo menos o meu foi e isso fez com que o percurso fosse ainda mais doloroso. Mas o doutoramento foi importante a vários níveis e uma das certezas que me deu foi a de não querer fazer carreira académica, ou seja, não quero fazer pos-doutoramento, nem pretendo ser professora universitária, pelo menos não aqui na Bélgica. Estar consciente dessa certeza já é um avanço, contudo ainda me sentia perdida quanto ao que realmente gostaria de fazer. Pensei, repensei e pesquisei, até que surgiu uma luz, um tal despertar para uma possível vida profissional com a qual me identifique. Para isso tive de concorrer a uma formação de duração de 6 meses (3 meses teoria + 3 meses estágio) e o meu interesse por esta formação era de tal forma visível que fui uma das candidatas aceites :) Esta formação vai-me direcionar na área de investigação clínica que é realmente uma das vertentes que mais me apaixona. O facto de ter estágio é sem dúvida uma vantagem e uma enorme motivação e vai-me permitir adequirir alguma experiência e ter um primeiro contacto com o mundo do trabalho fora da universidade.
O despertar profissional atingiu-me a mim, mas sei que atinge milhares de pessoas. Estou certa de que há muita gente infeliz com o seu trabalho. Aliás conheço vários testemunhos de infelicidade profissional. É um tema muito interessante e complexo, ou então nós é que o complicamos. Não posso confirmar de que esta direção me vai trazer a felicidade profissional que procuro, mas tenho a consciência tranquila de que estou a tentar. Certamente vai-me levar anos a construir felicidade e realização profissional, mas o meu objetivo é conseguir alcançar. E hei-de conseguir 🙌 Se tiver de fazer uma coisa completamente diferente da minha área, também o farei com imenso gosto, com dedicação e sempre com o objetivo de me sentir feliz. Como já perceberam felicidade é a minha palavra de ordem!
E vocês já sentiram algum despertar profissional? Ou outro tipo de despertar?
P.S: A formação começou esta semana e ainda estou em período de adaptação. Passo muitas horas fora de casa, sem acesso à internet e estou com o tempo limitado para me dedicar ao blog, para publicar e para visitar os vossos cantinhos cheios de inspirações.
acho que realização profissional é das áreas da vida a que mais dificuldade temos em alcançar e muito por culpa da sociedade e até de quem nos rodeia. Devia ser a nossa prioridade uma vez que passamos metada da nossa vida a trabalhar mas mesmo assim ainda há quem desvalorize e continue a preferir ser infeliz no trabalho.
ResponderEliminarFico feliz por encontrar gente como tu, que não desistirá de encontrar a sua realização profissional. Que o teu despertar seja doce ♥
Beijinhos e boa formação ;)
Cris
www.crisloureiroblogs.com
Obrigada Cris. Sim, tenho-me dado conta que a realização profissional é uma luta, cheia de batalhas, mas cabe-nos a nós ditar de quem é a vitória.
EliminarBeijinhos
Penso que não é fácil estar realizada profissionalmente. Só temos realmente noção das coisas depois de estarmos a trabalhar e a lidar com as mais diversas situação. Infelizmente não nos podemos dar ao luxo de ir experimentando várias coisas a nível de empregos. A longo prazo eu acredito que consigamos estar profissionalmente realizados, mesmo que não seja algo fácil de acontecer. Beijinhos*
ResponderEliminarSim é algo que leva bastante tempo, mas havemos de alcançar realização profissional. Pelo menos é isso que eu espero e por isso que também luto.
EliminarBeijinhos
Continua assim, com a felicidade sempre como palavra de ordem, pois tenho a certeza que o serás sempre =)
ResponderEliminarUm grande beijinho!
http://chicana.blogs.sapo.pt/
Obrigada Ana :)
EliminarÉ sempre isso que pretendo!
Beijinhos
o prazer de estudar é um facto que faz crescer a felicidade pessoal.
ResponderEliminarAbraços
Sentirmo-nos realizadas profissionalmente é muito importante. Seja em que profissão for. Neste momento sou mãe, mulher e dona de casa a 100%. Mas pretendo a curto prazo voltar a investir em mim, mas não me arrependo de ter escolhido este caminho. Quero muito voltar a estudar, quero muito sentir-me realizada. O teu testemunho é uma inspiração para muitas pessoas. Nunca é tarde despertarmos para a realização profissional. Parabéns por teres despertado e investires em ti. Muita força e que tudo corra como pretendes. beijinhos
ResponderEliminarhttps://saboresdoninho.blogspot.pt/
Muito obrigada Claudia ;)
EliminarTambém desejo que tudo te corra como pretendes!
Beijinhos
A realização profissional é, na minha opinião uma das áreas mais difíceis de completar da nossa vida. Porque não depende única e exclusivamente de nós. Namora-se e casa - se com quem se ama, está -se rodeada de amigos bons, família. ... tudo "escolhido por nós" e ao "jeito do nosso coração", forma de estar,de ser... O trabalho não é tanto assim! Não sabes quem vais encontrar pelo caminho,a chefia podem não ter as "tuas ideias", e blablabla
ResponderEliminarAcho que é por um vasto leque de questões que a vida profissional demora a ser plena e totalmente feliz!
Mas uma coisa tenho a certeza,fazer -se o que se gosta e o que nos deixa felizes é meio caminho andado. E não tenho a menor dúvida que tu tens futuro profissional brilhante e felicíssimo à tua frente maninha. Beijinhos
Pois é meu amor! É um tema complexo, não só pelo trabalho, mas por tudo o que este envolve.
EliminarBeijinhos 😍😘
Quando acabei a licenciatura e um dos recrutamentos que fui correu bem, decidi que deveria agarra a oportunidade. O mestrado não me motivava muito, até porque passado um ano rebentou a crise. Estávamos em 2010. 7 anos depois não me arrependo. Há dois anos troquei de emprego. Fui um despertar para um trabalho que apesar de gostar me estava a desgastar mais do que aquilo que eu queria.
ResponderEliminarObrigada pela partilha ;)
EliminarMuitas vezes nem é uma questão de gostar ou não gostar do trabalho que se faz, mas tudo o que está à volta e que acaba por nos desgastar.
Beijinho
Olá Fia!
ResponderEliminarAchei super interessante o "encarar uma segunda-feira como se encara uma sexta-feira". Enquanto estive a tirar a minha licenciatura nunca pensei muito sobre isso, no mundo laboral. Quando comecei a trabalhar, estava tão contente por ser na minha área que ia desculpando tudo o que de mau ia aparecendo... até que se tornou insuportável. Aguentei alguns anos até à altura em que nasceu o meu primeiro filho. Aí foi um momento de mudança. Decidi despedir-me, sem nenhum outro trabalho em vista, sem direito a subsidio de desemprego (porque era eu a despedir-me...) mas com a certeza que aquele trabalho só me fazia mal a mim e à minha família. Chegar a casa todos os dias esgotada emocionalmente era devastador para todos. Com muito apoio do meu marido, lá acabei por encontrar um outro trabalho, o que tenho até hoje, e que me faz ir trabalhar com um sorriso no rosto.
Se foi difícil? Foi, muito, mas hoje, olhando para trás, respeitar-me foi a melhor coisa que podia ter feito por mim e pelos meus.
Portanto, força, tenta! Não é garantido mas é meio caminho andado.
Beijinho
Joana
Que testemunho tão bonito Joana! A verdade é que quando não estamos felizes no trabalho acabamos por levar parte dessa infelicidade para casa ... é inevitável! Admiro a tua coragem e fico feliz por saber que encontraste um trabalho onde podes sorrir.
EliminarBeijinho
Não despertou, na verdade não deixei que acontecesse. Segui uma área que me daria emprego e dinheiro. Se era o meu sonho? Não. Se gosto daquilo que faço? Gosto. Aprendi a gostar com o tempo, mas admiro muito aqueles que seguiram sempre o caminho que mais se ajustava a si.
ResponderEliminar